Basicamente a secagem de madeira depende fortemente de três variáveis, as quais quando bem controladas determinam o sucesso ou fracasso de uma boa secagem. Estas variáveis são temperatura, umidade relativa e circulação de ar.
A circulação de ar depende exclusivamente da capacidade dos ventiladores e do espaçamento entre as peças, popularmente conhecido no meio madeireiro como tabicamento.
No sistema de ventilação, motores e pás dos ventiladores, pouco pode ser alterado após o projeto e construção dos secadores. Geralmente as intervenções neste ponto se resumem a ângulo das pás e verificações do sentido de giro.
Já no tabicamento as intervenções são diversas, cabendo aqui desde aumento da altura e largura dos tabiques, quantidade de tabiques utilizados por pilhas, a opção pelo uso de uma ou mais camadas de madeira e alinhamento das pilhas.
Via de regra as intervenções são feitas buscando sempre aumentar a quantidade de madeira disponível ao processo. Porém, em muitos casos vemos que a maior quantidade de madeira em secagem não gera um volume maior de madeira mensal, uma vez que a baixa circulação de ar acarreta em tempos maiores de ciclos e volumes significativos de madeira que retornam ao processo de secagem, pela desuniformidade na secagem.
A regra que norteia a quantidade ideal de ar na saída das pilhas é dividida em dois grupos. As madeiras de secagem rápida e menor densidade como o Pinus sp. Devem possuir uma velocidade de ar entre 3 a 4 m/s na saída das pilhas. Já madeiras densas com ciclos longos a velocidade ideal está entre 1 a 2 m/s.
A forma correta de medir a velocidade de ar é com o auxílio de um medidor denominado anemômetro. Esta medição deve ser realizada ao longo de todo secador e em ambos sentidos de giro.
Autor:
Ricardo Uchoa
Coordenador Técnico
Marrari Automação
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